O ponteiro dos segundos é sempre o primeiro a chegar no futuro. Nós, humanos, só podemos viver o breve instante entre um salto e outro, este suspenso momento que não é tic nem tac. E, enquanto falamos do presente, o ponteiro segue impassível sem se dar conta de que um dia também ficará para trás.
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Fino e ágil, segue o ponteiro. Dos três, o mais apresado. Tão novo e descartável. Tão preciso e desnecessário. É o primeiro a chegar no futuro, o último a chegar na história. Será que um dia estaremos tão frenéticos que incluiremos um novo filho? O ponteiro dos centésimos será capaz de nos mostrar que não existe o agora (ou que o agora é tudo o que temos)?
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