04 setembro 2016

EPISÓDIO III

Preto e Branco

CARRO ANDANDO PELAS RUAS / IMAGENS INTERNAS E EXTERNAS


Estávamos a caminho do Hotel Limbervon, onde o barman faz o melhor suco de laranja da cidade. Contei para Roger sobre o aparecimento da carta, sem falar o que estava escrito, não podia dar nenhuma pista... esse caso era meu!  

Som direto
PARADOS NO SEMÁFORO, ROGER ABRE A JANELA DO CARRO E PEGA UM JORNAL QUE ESTÃO DISTRIBUINDO. ENTREGA PARA O DETETIVE, POIS O SINAL ABRE E PRECISA ANDAR. AO PEGAR, O DETETIVE NOTA QUE UM PEQUENO PAPEL CAI DO JORNAL NO CHÃO DO AUTOMÓVEL. VÊ QUE EXISTE UMA MENSAGEM, ESCRITA A MÃO. RAPIDAMENTE COLOCA O PAPEL NO BOLSO.

Detetive
Dê a volta no quarteirão, imediatamente!

Roger
O que está acontecendo?

Detetive
Anda, volta pra aquele farol! Entra nessa rua!

Roger
Você ta louco? É contra-mão!

Detetive
Não interessa!

Roger
Claro que interessa!
Estamos gravando sem dublê, esqueceu?

DETETIVE COM CARA DE DESOLADO / PÕE A MÃO NO BOLSO E LÊ NOVAMENTE A MENSAGEM

Narrador em off
Detetive
Ele tinha razão! Na vida real temos que fazer escolhas possíveis e naquele momento a melhor opção era tomar o suco de laranja e discutir outras coisas... afinal de contas ainda tinha algumas perguntas para fazer ao Roger.

SENTADOS NUMA MESINHA / HOMEM DEIXA DOIS SUCOS / CONVERSA EM PLANO E CONTRA-PLANO

Roger
Entendi, você recebeu uma carta...

Detetive
Xiiiiiii!! Fala baixo!

Roger
Você recebeu uma carta, tá! Mas o eu tenho a ver com isso?

Detetive
Apareceu alguma novidade?

Roger
Como assim?

Detetive
No trabalho...

Roger
No trabalho?

Detetive
Não se faça de besta! Eu sei muito bem que você entra no sistema no Governo...

Roger
Xiiiiiii!! Fala baixo!

Detetive
Então, tem alguma novidade?

IMAGENS NA VARANDA DE UM PRÉDIO / NA NOITE É POSSIVEL VER AS LUZES DOS CARROS NA AVEVIDA / ROGER E DETETIVE CONVERSANDO DE COSTAS PARA CAMERA
Narrador em off

Roger me chamou pra fora. Mostrou uma antiga antena sobre o prédio da Gazeta, uma antena que permanecia em pé apesar da extinção das emissoras de rádio. Ele contou que a dois dias atrás tinha captado uma onda de rádio, depois de muitos anos sem qualquer vestígio deste meio de comunicação. Era um sinal muito fraco que Roger não podia entender com os recursos que tem disponível no escritório, mas eu sabia como resolver este detalhe.   

***


(esta seria uma das trilhas sonoras do projeto, 
mas nunca mais tocamos no assunto...)



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Caso interessar, comente!